Moisés, Era Profeta ou Sacerdote? Origem e Vida.

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Moisés é uma das figuras mais emblemáticas e reverenciadas da Bíblia, tanto no contexto judaico quanto cristão. Seu nome e sua história têm profundas implicações espirituais e históricas, sendo ele o líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão no Egito e guiá-los à Terra Prometida.

O nome Moisés tem uma origem significativa. Em hebraico, o nome “Moshe” (מֹשֶׁה) deriva do verbo “mashá” (מָשָׁה), que significa “tirar” ou “extrair”. Esse nome foi dado a ele pela filha do Faraó, que o encontrou nas águas do Nilo e o “tirou” de lá, como relatado em Êxodo 2:10: “Ela lhe deu o nome de Moisés, dizendo: ‘Porque das águas o tirei’.”

Não se sabe se Moisés já tinha esse nome antes de ser adotado pela filha do Faraó ou se o recebeu apenas após ser resgatado das águas. No entanto, o nome é profundamente simbólico, refletindo o papel que ele desempenharia ao “tirar” os israelitas da escravidão.

Moisés, o Libertador do Seu Povo Profeta ou Sacerdote

Onde Moisés Nasceu e Viveu.

Moisés nasceu em uma época de grande opressão para os hebreus, quando Faraó ordenara que todos os meninos hebreus recém-nascidos fossem mortos. Ele nasceu em Gósen, uma região no delta do Nilo, onde os israelitas viviam. Seus pais, Anrão e Joquebede, da tribo de Levi, esconderam-no por três meses antes de colocá-lo em um cesto no rio Nilo, onde foi encontrado pela filha do Faraó e adotado por ela.

Ele foi criado no palácio do Faraó, onde recebeu uma educação egípcia, vivendo como príncipe durante cerca de 40 anos. No entanto, ao ver um egípcio maltratando um hebreu, Moisés matou o egípcio e, temendo pela sua vida, fugiu para a terra de Midiã. Lá, ele viveu por outros 40 anos como pastor e casou-se com Zípora, filha de Jetro, sacerdote de Midiã.

Trajetória da Vida de Moisés

A trajetória de Moisés pode ser dividida em três fases de 40 anos cada:

  1. Primeiros 40 anos no Egito: Moisés nasceu em meio à opressão e foi adotado pela filha do Faraó, sendo criado como príncipe no palácio egípcio. Durante esse período, ele adquiriu conhecimento e habilidades que mais tarde seriam essenciais em sua missão de liderança.
  2. 40 anos em Midiã: Após matar um egípcio, Moisés fugiu para Midiã, onde viveu como pastor e constituiu família. Esse período de sua vida foi marcado por um aprendizado espiritual profundo, preparando-o para a missão que Deus lhe confiaria.
  3. Últimos 40 anos como líder de Israel: Aos 80 anos, Moisés foi chamado por Deus para liderar os israelitas para fora do Egito. Ele confrontou Faraó, conduziu o povo pelo deserto, recebeu os Dez Mandamentos no Monte Sinai, e liderou a nação até as fronteiras da Terra Prometida.

Mulheres e Filhos de Moisés

Moisés casou-se com Zípora, filha de Jetro, um sacerdote de Midiã. Com Zípora, Moisés teve dois filhos: Gérson e Eliézer. Gérson recebeu esse nome porque Moisés disse: “Sou estrangeiro em terra estranha” (Êxodo 2:22), e Eliézer significa “Deus é meu auxílio”, pois Moisés reconheceu que Deus o ajudara a escapar da espada do Faraó (Êxodo 18:4).

Além de Zípora, há uma menção de que Moisés tinha uma esposa cuxita (nativa da região da Etiópia), conforme relatado em Números 12:1. Isso gerou uma controvérsia entre seus irmãos, Arão e Miriã, mas Deus defendeu Moisés e puniu Miriã por sua murmuração.

Quem Sepultou Moisés

Moisés morreu aos 120 anos no monte Nebo, na terra de Moabe, depois de ter liderado os israelitas por 40 anos no deserto. Deus mostrou-lhe a Terra Prometida de longe, mas ele não teve permissão para entrar nela. A Bíblia relata que o próprio Deus sepultou Moisés em um local desconhecido (Deuteronômio 34:5-6).

A morte e sepultamento de Moisés são eventos cercados de mistério. De acordo com Deuteronômio 34:5-6, foi o próprio Deus quem sepultou Moisés em um vale na terra de Moabe, “mas ninguém sabe até hoje o lugar de sua sepultura.” Essa informação sugere a singularidade de Moisés e a intenção de Deus de preservar a santidade do local, evitando que ele se tornasse um centro de adoração indevida.

No livro de Judas no Novo Testamento há um relato em Miguel, o arcanjo de guerra teria lutado com do Diabo pela posse do corpo de Moisés e foi repreendido pelo anjo do Senhor (Judas 1:9). Por esta causa sabemos que quem sepultou efetivamente o corpo de Moisés não foi o Senhor Deus, mas usou o seu servo, o arcanjo Miguel.

Sua Importância na Bíblia

Moisés é uma figura central na Bíblia, sendo o mediador entre Deus e Israel, e o legislador que recebeu e transmitiu a Torá (os cinco primeiros livros da Bíblia, também conhecidos como Pentateuco). Ele é visto como o maior profeta de Israel, e sua vida serve como modelo de fé, obediência e liderança.

A importância de Moisés é destacada em várias passagens bíblicas. Ele é mencionado como o servo fiel de Deus, que falou com Deus “face a face” (Êxodo 33:11). Ele é também o autor dos Dez Mandamentos, que são a base moral e espiritual do judaísmo e cristianismo. Além disso, Moisés foi o líder que guiou os israelitas através do Mar Vermelho, realizou milagres no deserto e intercedeu por seu povo inúmeras vezes, mostrando sua devoção e compaixão.

Dentro da visão bíblica, Moisés é considerado um profeta e não um sacerdote. Ele é o maior profeta do Antigo Testamento, e sua vida e missão são fundamentais tanto para o judaísmo quanto para o cristianismo.

Moisés, Era Profeta ou Sacerdorte?

Profeta é aquele que recebe mensagens diretas de Deus para transmitir ao povo. Moisés é amplamente reconhecido como o maior dos profetas. Ele é chamado por Deus na sarça ardente e recebe a missão de libertar os israelitas da escravidão no Egito (Êxodo 3). Além disso, Moisés é o mediador da Aliança entre Deus e Israel, transmitindo a Lei (Torá) ao povo, incluindo os Dez Mandamentos no Monte Sinai.

A Bíblia afirma que “nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face” (Deuteronômio 34:10). Esse verso enfatiza a singularidade de Moisés como profeta, um papel que é fundamental para a identidade do povo judeu.

Embora Moisés desempenhe um papel central na liderança espiritual de Israel, o sacerdócio formal é delegado a seu irmão Arão e seus descendentes. Arão se torna o primeiro sumo sacerdote (Cohen Gadol), e seus filhos assumem funções sacerdotais no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo de Jerusalém. Moisés atua como um mediador entre Deus e Arão, mas não como um sacerdote no sentido estrito.

Paralelo: Moisés e Jesus

No judaísmo, Jesus não é considerado o Messias nem um profeta. Ele é visto como uma figura histórica, mas não como uma figura divina ou salvadora. A visão judaica tradicional rejeita a divindade de Jesus e as reivindicações messiânicas feitas por ele no cristianismo. Para os judeus, o Messias ainda está por vir, e será um líder humano que trará paz mundial, reconstruirá o Templo em Jerusalém e reunirá todos os judeus de volta à Terra de Israel.

Para os judeus, Moisés é o maior profeta e o principal legislador. Ele é aquele que recebeu a Torá de Deus, que é o coração da fé judaica. Moisés é um modelo de obediência, humildade e liderança servidora. A Torá, dada por intermédio de Moisés, é vista como a base da aliança entre Deus e o povo de Israel, e seu cumprimento é fundamental para a vida religiosa judaica.

Enquanto Moisés é visto como o mediador da antiga aliança, Jesus é visto pelos cristãos como o mediador de uma nova aliança (Hebreus 8:6). No cristianismo, Jesus é considerado o Filho de Deus e o Salvador da humanidade. Enquanto Moisés trouxe a Lei, Jesus, segundo a fé cristã, trouxe graça e verdade (João 1:17). Para os cristãos, Jesus é o cumprimento das promessas messiânicas, enquanto no judaísmo, essas promessas ainda aguardam realização.

  • Moisés: Profeta, legislador, mediador da aliança entre Deus e Israel. Não é considerado sacerdote, mas líder espiritual e político.
  • Jesus no Judaísmo: Figura histórica, mas não reconhecido como profeta, Messias ou divindade. A visão judaica tradicional não o aceita como o cumprimento das profecias messiânicas.

Esta perspectiva destaca a importância de Moisés no judaísmo, tanto como um líder religioso quanto como o receptor da revelação divina, enquanto Jesus é visto de maneira diferente, dependendo da tradição religiosa em questão.

Grande Líder no Contexto Cristão e Judaico

No judaísmo, Moisés é visto como o maior profeta e o maior líder que Israel já teve. Ele é reverenciado como o libertador, legislador e o homem através do qual Deus entregou a Torá ao povo de Israel. A Lei de Moisés, ou Torá, é central para a fé judaica, e a celebração de Pessach (Páscoa) comemora a libertação dos israelitas do Egito, com Moisés como a figura central dessa história.

No cristianismo, Moisés é igualmente uma figura fundamental. Embora Jesus seja visto como o cumprimento da Lei e dos Profetas, Moisés é frequentemente citado nos Evangelhos como uma figura de autoridade. Jesus mencionou Moisés em diversas ocasiões, e a transfiguração de Jesus no Novo Testamento, onde Moisés e Elias aparecem ao lado de Jesus, confirma a importância contínua de Moisés na história da redenção.

Moisés também é um tipo de Cristo, no sentido de que ele é visto como um precursor de Jesus. Assim como Moisés libertou os israelitas da escravidão física no Egito, Jesus liberta os crentes da escravidão espiritual do pecado.

Conclusão

Moisés é, sem dúvida, uma das figuras mais significativas e influentes da Bíblia. Sua vida, desde o nascimento milagroso até sua morte misteriosa, é um testemunho do poder e da fidelidade de Deus. Moisés não só libertou o povo de Israel da escravidão, mas também estabeleceu um padrão de liderança e devoção que continua a inspirar milhões de pessoas até hoje. Sua importância tanto no judaísmo quanto no cristianismo não pode ser subestimada, pois ele é a ponte entre o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e a humanidade, servindo como mediador, legislador e profeta em um dos momentos mais cruciais da história bíblica.

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