Os Nomes dos 12 Discípulos e Seus Significados.

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Os 12 discípulos de Jesus foram homens escolhidos por Ele para serem seus seguidores mais próximos e testemunhas de seu ministério, morte e ressurreição.

Os discípulos de Jesus foram chamados de apóstolos porque receberam uma missão específica de serem enviados para proclamar o Evangelho. A palavra “apóstolo” vem do grego apostolos (ἀπόστολος), que significa “enviado”, “mensageiro” ou “aquele que é enviado com uma missão”.

Diferença Entre Discípulo e Apóstolo

    Discípulo (mathētḗs, μαθητής) significa “aprendiz” ou “seguidor”. Todo cristão que segue os ensinamentos de Jesus pode ser chamado de discípulo.

    Apóstolo (apostolos, ἀπόστολος) refere-se a alguém que foi escolhido e enviado com autoridade para representar e expandir a mensagem de Jesus. Ou seja, todo apóstolo foi primeiro um discípulo, mas nem todo discípulo se tornou apóstolo.

    O Propósito dos Apóstolos

      Os apóstolos tinham três principais funções:

      1. Testemunhar a vida, morte e ressurreição de Jesus: Eles foram testemunhas oculares dos milagres e ensinamentos de Jesus. Após sua ressurreição, Jesus os enviou ao mundo para testificar do que haviam visto (Atos 1:8).
      2. Fundamentar e expandir a igreja: Jesus confiou aos apóstolos a missão de espalhar o Evangelho (Mateus 28:19-20). Eles lançaram as bases da igreja primitiva (Efésios 2:20).
      3. Realizar sinais e prodígios: Jesus deu aos apóstolos autoridade para curar doenças e expulsar demônios (Lucas 9:1-2). Em Atos dos Apóstolos, vemos os milagres realizados por eles confirmando a mensagem de Cristo.

      Outros apóstolos Além dos 12 (Doze)

        Embora os 12 discípulos tenham sido os principais apóstolos, a Bíblia menciona outros:

        Paulo – Chamado por Cristo no caminho de Damasco e enviado aos gentios (Gálatas 1:1).

        Barnabé – Chamada de apóstolo em Atos 14:14.

        Matias – Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1:26).

        Tiago, irmão de Jesus – Liderou a igreja em Jerusalém (Gálatas 1:19).

        Isso mostra que o título “apóstolo” foi dado àqueles escolhidos e enviados com uma missão especial.

        Por Que Jesus Escolheu 12 Discípulos?

        Jesus escolheu 12 discípulos por razões simbólicas, proféticas e estratégicas para sua missão. Aqui estão os principais motivos:

        Os nomes dos Doze Discípulos. 
        1. Representação das 12 Tribos de Israel

        O número 12 tem um forte significado na Bíblia, representando a totalidade do povo de Deus. Assim como havia 12 tribos de Israel, Jesus escolheu 12 apóstolos para simbolizar a restauração espiritual de Israel e a formação de um novo povo de Deus.

        Mateus 19:28 confirma essa ligação: Em verdade vos digo que, quando o Filho do Homem se assentar no trono de sua glória, também vos assentareis sobre 12 tronos para julgar as 12 tribos de Israel.” Isso mostra que os discípulos teriam um papel fundamental na nova aliança.

        1. Cumprimento das Profecias Messiânicas

        Os profetas do Antigo Testamento falavam da restauração de Israel sob um novo pacto. Jeremias 31:31 profetiza que Deus faria uma nova aliança com seu povo, e Jesus inaugurou essa nova aliança com seus discípulos.

        Além disso, em Isaías 49:6, Deus fala sobre a missão do Messias em restaurar Israel e ser luz para os gentios. Os 12 discípulos seriam os instrumentos para levar essa luz ao mundo.

        1. Estrutura da Nova Comunidade de Fé

        Jesus não apenas ensinou, mas também preparou líderes para continuar sua missão após sua morte e ressurreição. Ele escolheu 12 homens para receberem ensinamentos diretos, testemunharem milagres e serem capacitados para expandir o Reino de Deus.

        Após a ressurreição, os discípulos se tornaram apóstolos (enviados) e lançaram os fundamentos da igreja primitiva. Em Efésios 2:20, Paulo descreve que a igreja foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, com Jesus como pedra angular.

        1. Organização e Estratégia para Evangelização

        Jesus sabia que sua mensagem precisava alcançar o mundo e, para isso, escolheu discípulos com características diferentes:

        Pescadores (Pedro, André, Tiago, João) — acostumados ao trabalho árduo.

        Um cobrador de impostos (Mateus) — conhecia a administração e escrita.

        Um zelote (Simão) — demonstrava zelo pela causa judaica.

        Outros seguidores fiéis que trouxeram diversidade ao grupo.

        Após sua ressurreição, Jesus ordenou que pregassem o Evangelho a todas as nações (Mateus 28:19). A escolha de 12 discípulos ajudou a estruturar essa missão.

        1. O Plano de Deus para a História da Redenção

        O número 12 aparece várias vezes na Bíblia para mostrar completude e governo divino:

        12 tribos de Israel (Gênesis 49)

        12 príncipes de Ismael (Gênesis 17:20)

        12 pedras no peitoral do sumo sacerdote (Êxodo 28:21)

        12 pães da proposição no Tabernáculo (Levítico 24:5-6)

        12 portas na Nova Jerusalém (Apocalipse 21:12-14)

        Isso indica que os 12 apóstolos foram escolhidos como parte do plano divino para estabelecer a nova aliança e a igreja como a continuação do povo de Deus.

        Jesus escolheu 12 discípulos porque isso representava a restauração de Israel, o cumprimento das profecias, a estruturação da igreja e a organização da evangelização mundial. O número 12 não foi aleatório, mas fazia parte do plano divino para a história da redenção.

        Abaixo, veja os discípulos escolhidos por Jesus e o significado dos nomes de cada um deles:

        • Pedro (Simão Pedro)

        Pedro (Simão Pedro) – Shim’on (שִׁמְעוֹן) significa “aquele que ouve” ou “Deus ouviu”. “Pedro” vem do grego Pétros (Πέτρος), que significa “pedra” ou “rocha”, dado por Jesus (Mateus 16:18).

        Pedro era um pescador de Betsaida, irmão de André. Seu nome original era Simão, mas Jesus o chamou de “Pedro” (do grego “Pétros”, que significa “pedra”). Ele foi um dos discípulos mais próximos de Jesus e frequentemente agia como porta-voz do grupo.

        Pedro teve momentos marcantes, como quando andou sobre as águas (Mateus 14:29) e quando negou Jesus três vezes antes do galo cantar (Lucas 22:61). Após a ressurreição, Jesus restaurou Pedro, confiando-lhe o papel de apascentar suas ovelhas (João 21:15-17). Ele se tornou um dos principais líderes da igreja primitiva e, segundo a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo em Roma.

        • André

        André – Do grego Andreas (Ἀνδρέας), significa “valente”, “másculo”. Não tem origem hebraica direta.

        André era irmão de Pedro e também pescador. Ele foi discípulo de João Batista antes de seguir Jesus e foi o responsável por apresentar seu irmão Pedro a Cristo (João 1:40-42).
        Embora não apareça tanto quanto Pedro nos Evangelhos, André teve um papel importante, como no episódio da multiplicação dos pães e peixes, quando trouxe o menino com os pães a Jesus (João 6:8-9).
        A tradição cristã diz que ele pregou na Ásia Menor e na Grécia e que foi martirizado em uma cruz em forma de “X”.

        • Tiago, filho de Zebedeu (Tiago Maior)

        Tiago (filho de Zebedeu) – Ya’akov (יַעֲקֹב) significa “aquele que segura pelo calcanhar” ou “aquele que suplanta”. É o mesmo nome do patriarca Jacó.

        Tiago era irmão de João e filho de Zebedeu, um pescador. Ele, João e Pedro faziam parte do círculo mais próximo de Jesus. Tiago foi um dos discípulos que testemunharam a Transfiguração e a ressurreição da filha de Jairo.

        Ele também pediu um lugar especial no Reino de Jesus (Marcos 10:35-40), o que levou à repreensão de Cristo. Foi o primeiro dos 12 apóstolos a ser martirizado, morto por ordem de Herodes Agripa I por volta de 44 d.C. (Atos 12:2).

        • João, filho de Zebedeu

        João – Yochanan (יוֹחָנָן) significa “Deus é gracioso” ou “Deus concedeu graça”.

        Irmão de Tiago, João era conhecido como “o discípulo amado”. Ele escreveu o Evangelho de João, três epístolas e, segundo a tradição, o livro de Apocalipse.

        Ele era muito próximo de Jesus e foi o único discípulo presente na crucificação, onde recebeu a responsabilidade de cuidar de Maria, mãe de Jesus (João 19:26-27). João foi o único apóstolo que morreu de velhice, tendo passado os últimos anos de sua vida exilado na ilha de Patmos.

        • Filipe

        Filipe – Do grego Philippos (Φίλιππος), significa “amigo dos cavalos”. Não tem raiz hebraica, mas provavelmente adotado por judeus helenizados.

        Filipe era de Betsaida e teve um papel importante no Evangelho de João. Ele foi chamado diretamente por Jesus (João 1:43) e apresentou Natanael (Bartolomeu) a Cristo.

        Ele também esteve envolvido na multiplicação dos pães e pediu a Jesus que mostrasse o Pai aos discípulos (João 14:8-9). A tradição diz que Filipe pregou na Ásia Menor e foi martirizado em Hierápolis.

        • Bartolomeu (Natanael)

        Bartolomeu (Natanael) – Bar-Talmai (בַּר-תַּלְמַי) significa “filho de Talmai”. Seu outro nome, Natanael (נְתַנְאֵל), significa “Deus deu”.

        Bartolomeu é identificado como Natanael no Evangelho de João. Ele foi apresentado a Jesus por Filipe e, inicialmente, duvidou, perguntando: “Pode vir algo bom de Nazaré?” (João 1:46). Após ver Jesus revelar detalhes de sua vida, declarou: “Tu és o Filho de Deus” (João 1:49).

        A tradição diz que ele pregou na Índia e na Armênia, onde foi esfolado vivo e depois decapitado.

        • Mateus (Levi)

        Mateus (Levi) – Mattityahu (מַתִּתְיָהוּ) significa “presente de Deus”. “Levi” (Lewi, לֵוִי) significa “unido” ou “ligado”, relacionado à tribo sacerdotal de Levi.

        Mateus era um coletor de impostos em Cafarnaum, função desprezada pelos judeus por estar associada aos romanos. Jesus o chamou para segui-lo, e ele prontamente atendeu, promovendo um banquete para seus colegas publicanos (Mateus 9:9-13).

        Ele é autor do Evangelho de Mateus e, segundo a tradição, pregou na Etiópia, onde teria sido martirizado.

        • Tomé (Dídimo)

        Tomé (Dídimo) – T’oma (תוֹמָא) significa “gêmeo” em aramaico. “Dídimo” é a tradução grega do mesmo significado.

        Tomé ficou conhecido por sua incredulidade ao duvidar da ressurreição de Jesus e pedir para tocar nas feridas do Mestre (João 20:24-29). Quando Jesus apareceu novamente, Tomé creu e declarou: “Senhor meu e Deus meu!”

        Apesar de sua dúvida inicial, ele foi um evangelista dedicado. A tradição diz que pregou na Índia e morreu como mártir, sendo traspassado por lanças.

        • Tiago, filho de Alfeu (Tiago Menor)

        Tiago (filho de Alfeu) – Mesmo significado de Ya’akov (ver Tiago, filho de Zebedeu).

        Tiago é mencionado nos Evangelhos, mas pouco se sabe sobre ele. Alguns estudiosos o identificam com Tiago, o Justo, irmão de Jesus e líder da igreja em Jerusalém. Se for o mesmo Tiago, ele escreveu a Epístola de Tiago e morreu apedrejado por ordem do sumo sacerdote Anás II por volta de 62 d.C.

        • Judas Tadeu

        Judas Tadeu (Lebeu) – Yehudah (יְהוּדָה) significa “louvor” ou “aquele que louva a Deus”. “Tadeu” pode vir do aramaico Taddai, que significa “peito largo” ou “coração valente”.

        Judas Tadeu é mencionado como “Tadeu” ou “Lebeu” nos Evangelhos. Ele fez uma pergunta a Jesus durante a Última Ceia (João 14:22). A tradição cristã diz que ele pregou na Síria e na Pérsia, onde foi martirizado com Simão, o Zelote. Ele é conhecido como o santo das causas impossíveis.

        • Simão, o Zelote

        Simão, o Zelote – Shim’on (שִׁמְעוֹן), mesmo significado de Simão Pedro. “Zelote” (do grego Zelotes, ζηλωτής) indica sua afiliação ao movimento radical judeu dos zelotes

        Simão era chamado de “o Zelote”, um grupo judeu radical que buscava libertação de Roma. Depois de seguir Jesus, ele abandonou essa ideologia e se tornou um apóstolo dedicado.
        A tradição diz que ele pregou na África e na Pérsia, onde foi martirizado ao lado de Judas Tadeu.

        • Judas Iscariotes, Aquele que foi o Traidor

        Judas Iscariotes – Yehudah (יְהוּדָה), mesmo significado de Judas Tadeu. “Iscariotes” pode vir de Ish Keriot (אִישׁ קְרִיּוֹת), que significa “homem de Queriote”, ou do aramaico Sicarius, indicando um assassino zelote.

        Judas Iscariotes é conhecido por ter traído Jesus por trinta moedas de prata (Mateus 26:14-16). Após ver que Jesus foi condenado, tentou devolver o dinheiro, mas, desesperado, enforcou-se (Mateus 27:3-5).
        Seu nome ficou associado à traição, e ele foi substituído por Matias entre os 12 apóstolos (Atos 1:26).

        Esses foram os 12 discípulos que acompanharam Jesus em seu ministério. Cada um teve uma história marcante e, com exceção de Judas Iscariotes, todos se tornaram líderes na propagação do Evangelho.

        A Substituição de Judas Iscariotes

        Após a traição e morte de Judas Iscariotes, os discípulos sentiram a necessidade de restaurar o número dos 12. Em Atos 1:15-26, Pedro lidera o processo de escolha de um substituto. Os critérios eram:

        1. O candidato deveria ter acompanhado Jesus desde o batismo de João até sua ascensão.
        2. Precisava ser testemunha da ressurreição.

        Foram apresentados dois homens: José, chamado Barsabás (ou Justo), e Matias. Após oração, lançaram sortes e Matias foi escolhido.

        A substituição era simbólica, pois os 12 representavam as 12 tribos de Israel. Além disso, a traição de Judas o desqualificou espiritualmente, cumprindo a profecia de Salmos 109:8: “Que outro ocupe seu lugar”.

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