Os Nomes dos 12 Discípulos e Seus Significados.

Os 12 discípulos de Jesus foram homens escolhidos por Ele para serem seus seguidores mais próximos e testemunhas de seu ministério, morte e ressurreição.

Os discípulos de Jesus foram chamados de apóstolos porque receberam uma missão específica de serem enviados para proclamar o Evangelho. A palavra “apóstolo” vem do grego apostolos (ἀπόστολος), que significa “enviado”, “mensageiro” ou “aquele que é enviado com uma missão”.

Diferença Entre Discípulo e Apóstolo

    Discípulo (mathētḗs, μαθητής) significa “aprendiz” ou “seguidor”. Todo cristão que segue os ensinamentos de Jesus pode ser chamado de discípulo.

    Apóstolo (apostolos, ἀπόστολος) refere-se a alguém que foi escolhido e enviado com autoridade para representar e expandir a mensagem de Jesus. Ou seja, todo apóstolo foi primeiro um discípulo, mas nem todo discípulo se tornou apóstolo.

    O Propósito dos Apóstolos

      Os apóstolos tinham três principais funções:

      1. Testemunhar a vida, morte e ressurreição de Jesus: Eles foram testemunhas oculares dos milagres e ensinamentos de Jesus. Após sua ressurreição, Jesus os enviou ao mundo para testificar do que haviam visto (Atos 1:8).
      2. Fundamentar e expandir a igreja: Jesus confiou aos apóstolos a missão de espalhar o Evangelho (Mateus 28:19-20). Eles lançaram as bases da igreja primitiva (Efésios 2:20).
      3. Realizar sinais e prodígios: Jesus deu aos apóstolos autoridade para curar doenças e expulsar demônios (Lucas 9:1-2). Em Atos dos Apóstolos, vemos os milagres realizados por eles confirmando a mensagem de Cristo.

      Outros apóstolos Além dos 12 (Doze)

        Embora os 12 discípulos tenham sido os principais apóstolos, a Bíblia menciona outros:

        Paulo – Chamado por Cristo no caminho de Damasco e enviado aos gentios (Gálatas 1:1).

        Barnabé – Chamada de apóstolo em Atos 14:14.

        Matias – Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1:26).

        Tiago, irmão de Jesus – Liderou a igreja em Jerusalém (Gálatas 1:19).

        Isso mostra que o título “apóstolo” foi dado àqueles escolhidos e enviados com uma missão especial.

        Por Que Jesus Escolheu 12 Discípulos?

        Jesus escolheu 12 discípulos por razões simbólicas, proféticas e estratégicas para sua missão. Aqui estão os principais motivos:

        Os nomes dos Doze Discípulos. 
        1. Representação das 12 Tribos de Israel

        O número 12 tem um forte significado na Bíblia, representando a totalidade do povo de Deus. Assim como havia 12 tribos de Israel, Jesus escolheu 12 apóstolos para simbolizar a restauração espiritual de Israel e a formação de um novo povo de Deus.

        Mateus 19:28 confirma essa ligação: Em verdade vos digo que, quando o Filho do Homem se assentar no trono de sua glória, também vos assentareis sobre 12 tronos para julgar as 12 tribos de Israel.” Isso mostra que os discípulos teriam um papel fundamental na nova aliança.

        1. Cumprimento das Profecias Messiânicas

        Os profetas do Antigo Testamento falavam da restauração de Israel sob um novo pacto. Jeremias 31:31 profetiza que Deus faria uma nova aliança com seu povo, e Jesus inaugurou essa nova aliança com seus discípulos.

        Além disso, em Isaías 49:6, Deus fala sobre a missão do Messias em restaurar Israel e ser luz para os gentios. Os 12 discípulos seriam os instrumentos para levar essa luz ao mundo.

        1. Estrutura da Nova Comunidade de Fé

        Jesus não apenas ensinou, mas também preparou líderes para continuar sua missão após sua morte e ressurreição. Ele escolheu 12 homens para receberem ensinamentos diretos, testemunharem milagres e serem capacitados para expandir o Reino de Deus.

        Após a ressurreição, os discípulos se tornaram apóstolos (enviados) e lançaram os fundamentos da igreja primitiva. Em Efésios 2:20, Paulo descreve que a igreja foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, com Jesus como pedra angular.

        1. Organização e Estratégia para Evangelização

        Jesus sabia que sua mensagem precisava alcançar o mundo e, para isso, escolheu discípulos com características diferentes:

        Pescadores (Pedro, André, Tiago, João) — acostumados ao trabalho árduo.

        Um cobrador de impostos (Mateus) — conhecia a administração e escrita.

        Um zelote (Simão) — demonstrava zelo pela causa judaica.

        Outros seguidores fiéis que trouxeram diversidade ao grupo.

        Após sua ressurreição, Jesus ordenou que pregassem o Evangelho a todas as nações (Mateus 28:19). A escolha de 12 discípulos ajudou a estruturar essa missão.

        1. O Plano de Deus para a História da Redenção

        O número 12 aparece várias vezes na Bíblia para mostrar completude e governo divino:

        12 tribos de Israel (Gênesis 49)

        12 príncipes de Ismael (Gênesis 17:20)

        12 pedras no peitoral do sumo sacerdote (Êxodo 28:21)

        12 pães da proposição no Tabernáculo (Levítico 24:5-6)

        12 portas na Nova Jerusalém (Apocalipse 21:12-14)

        Isso indica que os 12 apóstolos foram escolhidos como parte do plano divino para estabelecer a nova aliança e a igreja como a continuação do povo de Deus.

        Jesus escolheu 12 discípulos porque isso representava a restauração de Israel, o cumprimento das profecias, a estruturação da igreja e a organização da evangelização mundial. O número 12 não foi aleatório, mas fazia parte do plano divino para a história da redenção.

        Abaixo, veja os discípulos escolhidos por Jesus e o significado dos nomes de cada um deles:

        • Pedro (Simão Pedro)

        Pedro (Simão Pedro) – Shim’on (שִׁמְעוֹן) significa “aquele que ouve” ou “Deus ouviu”. “Pedro” vem do grego Pétros (Πέτρος), que significa “pedra” ou “rocha”, dado por Jesus (Mateus 16:18).

        Pedro era um pescador de Betsaida, irmão de André. Seu nome original era Simão, mas Jesus o chamou de “Pedro” (do grego “Pétros”, que significa “pedra”). Ele foi um dos discípulos mais próximos de Jesus e frequentemente agia como porta-voz do grupo.

        Pedro teve momentos marcantes, como quando andou sobre as águas (Mateus 14:29) e quando negou Jesus três vezes antes do galo cantar (Lucas 22:61). Após a ressurreição, Jesus restaurou Pedro, confiando-lhe o papel de apascentar suas ovelhas (João 21:15-17). Ele se tornou um dos principais líderes da igreja primitiva e, segundo a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo em Roma.

        • André

        André – Do grego Andreas (Ἀνδρέας), significa “valente”, “másculo”. Não tem origem hebraica direta.

        André era irmão de Pedro e também pescador. Ele foi discípulo de João Batista antes de seguir Jesus e foi o responsável por apresentar seu irmão Pedro a Cristo (João 1:40-42).
        Embora não apareça tanto quanto Pedro nos Evangelhos, André teve um papel importante, como no episódio da multiplicação dos pães e peixes, quando trouxe o menino com os pães a Jesus (João 6:8-9).
        A tradição cristã diz que ele pregou na Ásia Menor e na Grécia e que foi martirizado em uma cruz em forma de “X”.

        • Tiago, filho de Zebedeu (Tiago Maior)

        Tiago (filho de Zebedeu) – Ya’akov (יַעֲקֹב) significa “aquele que segura pelo calcanhar” ou “aquele que suplanta”. É o mesmo nome do patriarca Jacó.

        Tiago era irmão de João e filho de Zebedeu, um pescador. Ele, João e Pedro faziam parte do círculo mais próximo de Jesus. Tiago foi um dos discípulos que testemunharam a Transfiguração e a ressurreição da filha de Jairo.

        Ele também pediu um lugar especial no Reino de Jesus (Marcos 10:35-40), o que levou à repreensão de Cristo. Foi o primeiro dos 12 apóstolos a ser martirizado, morto por ordem de Herodes Agripa I por volta de 44 d.C. (Atos 12:2).

        • João, filho de Zebedeu

        João – Yochanan (יוֹחָנָן) significa “Deus é gracioso” ou “Deus concedeu graça”.

        Irmão de Tiago, João era conhecido como “o discípulo amado”. Ele escreveu o Evangelho de João, três epístolas e, segundo a tradição, o livro de Apocalipse.

        Ele era muito próximo de Jesus e foi o único discípulo presente na crucificação, onde recebeu a responsabilidade de cuidar de Maria, mãe de Jesus (João 19:26-27). João foi o único apóstolo que morreu de velhice, tendo passado os últimos anos de sua vida exilado na ilha de Patmos.

        • Filipe

        Filipe – Do grego Philippos (Φίλιππος), significa “amigo dos cavalos”. Não tem raiz hebraica, mas provavelmente adotado por judeus helenizados.

        Filipe era de Betsaida e teve um papel importante no Evangelho de João. Ele foi chamado diretamente por Jesus (João 1:43) e apresentou Natanael (Bartolomeu) a Cristo.

        Ele também esteve envolvido na multiplicação dos pães e pediu a Jesus que mostrasse o Pai aos discípulos (João 14:8-9). A tradição diz que Filipe pregou na Ásia Menor e foi martirizado em Hierápolis.

        • Bartolomeu (Natanael)

        Bartolomeu (Natanael) – Bar-Talmai (בַּר-תַּלְמַי) significa “filho de Talmai”. Seu outro nome, Natanael (נְתַנְאֵל), significa “Deus deu”.

        Bartolomeu é identificado como Natanael no Evangelho de João. Ele foi apresentado a Jesus por Filipe e, inicialmente, duvidou, perguntando: “Pode vir algo bom de Nazaré?” (João 1:46). Após ver Jesus revelar detalhes de sua vida, declarou: “Tu és o Filho de Deus” (João 1:49).

        A tradição diz que ele pregou na Índia e na Armênia, onde foi esfolado vivo e depois decapitado.

        • Mateus (Levi)

        Mateus (Levi) – Mattityahu (מַתִּתְיָהוּ) significa “presente de Deus”. “Levi” (Lewi, לֵוִי) significa “unido” ou “ligado”, relacionado à tribo sacerdotal de Levi.

        Mateus era um coletor de impostos em Cafarnaum, função desprezada pelos judeus por estar associada aos romanos. Jesus o chamou para segui-lo, e ele prontamente atendeu, promovendo um banquete para seus colegas publicanos (Mateus 9:9-13).

        Ele é autor do Evangelho de Mateus e, segundo a tradição, pregou na Etiópia, onde teria sido martirizado.

        • Tomé (Dídimo)

        Tomé (Dídimo) – T’oma (תוֹמָא) significa “gêmeo” em aramaico. “Dídimo” é a tradução grega do mesmo significado.

        Tomé ficou conhecido por sua incredulidade ao duvidar da ressurreição de Jesus e pedir para tocar nas feridas do Mestre (João 20:24-29). Quando Jesus apareceu novamente, Tomé creu e declarou: “Senhor meu e Deus meu!”

        Apesar de sua dúvida inicial, ele foi um evangelista dedicado. A tradição diz que pregou na Índia e morreu como mártir, sendo traspassado por lanças.

        • Tiago, filho de Alfeu (Tiago Menor)

        Tiago (filho de Alfeu) – Mesmo significado de Ya’akov (ver Tiago, filho de Zebedeu).

        Tiago é mencionado nos Evangelhos, mas pouco se sabe sobre ele. Alguns estudiosos o identificam com Tiago, o Justo, irmão de Jesus e líder da igreja em Jerusalém. Se for o mesmo Tiago, ele escreveu a Epístola de Tiago e morreu apedrejado por ordem do sumo sacerdote Anás II por volta de 62 d.C.

        • Judas Tadeu

        Judas Tadeu (Lebeu) – Yehudah (יְהוּדָה) significa “louvor” ou “aquele que louva a Deus”. “Tadeu” pode vir do aramaico Taddai, que significa “peito largo” ou “coração valente”.

        Judas Tadeu é mencionado como “Tadeu” ou “Lebeu” nos Evangelhos. Ele fez uma pergunta a Jesus durante a Última Ceia (João 14:22). A tradição cristã diz que ele pregou na Síria e na Pérsia, onde foi martirizado com Simão, o Zelote. Ele é conhecido como o santo das causas impossíveis.

        • Simão, o Zelote

        Simão, o Zelote – Shim’on (שִׁמְעוֹן), mesmo significado de Simão Pedro. “Zelote” (do grego Zelotes, ζηλωτής) indica sua afiliação ao movimento radical judeu dos zelotes

        Simão era chamado de “o Zelote”, um grupo judeu radical que buscava libertação de Roma. Depois de seguir Jesus, ele abandonou essa ideologia e se tornou um apóstolo dedicado.
        A tradição diz que ele pregou na África e na Pérsia, onde foi martirizado ao lado de Judas Tadeu.

        • Judas Iscariotes, Aquele que foi o Traidor

        Judas Iscariotes – Yehudah (יְהוּדָה), mesmo significado de Judas Tadeu. “Iscariotes” pode vir de Ish Keriot (אִישׁ קְרִיּוֹת), que significa “homem de Queriote”, ou do aramaico Sicarius, indicando um assassino zelote.

        Judas Iscariotes é conhecido por ter traído Jesus por trinta moedas de prata (Mateus 26:14-16). Após ver que Jesus foi condenado, tentou devolver o dinheiro, mas, desesperado, enforcou-se (Mateus 27:3-5).
        Seu nome ficou associado à traição, e ele foi substituído por Matias entre os 12 apóstolos (Atos 1:26).

        Esses foram os 12 discípulos que acompanharam Jesus em seu ministério. Cada um teve uma história marcante e, com exceção de Judas Iscariotes, todos se tornaram líderes na propagação do Evangelho.

        A Substituição de Judas Iscariotes

        Após a traição e morte de Judas Iscariotes, os discípulos sentiram a necessidade de restaurar o número dos 12. Em Atos 1:15-26, Pedro lidera o processo de escolha de um substituto. Os critérios eram:

        1. O candidato deveria ter acompanhado Jesus desde o batismo de João até sua ascensão.
        2. Precisava ser testemunha da ressurreição.

        Foram apresentados dois homens: José, chamado Barsabás (ou Justo), e Matias. Após oração, lançaram sortes e Matias foi escolhido.

        A substituição era simbólica, pois os 12 representavam as 12 tribos de Israel. Além disso, a traição de Judas o desqualificou espiritualmente, cumprindo a profecia de Salmos 109:8: “Que outro ocupe seu lugar”.

        A Vida do Apóstolo Paulo: Viagens, Relacionamentos e Ministério.

        O apóstolo Paulo é uma das figuras mais proeminentes e influentes do Cristianismo, conhecido tanto por suas extensas viagens missionárias quanto por suas epístolas que compõem uma parte significativa do Novo Testamento. Sua vida, marcada por uma transformação radical de perseguidor a missionário, reflete um compromisso profundo com a divulgação da mensagem de Cristo. Este texto explora sua vida, suas viagens, seus relacionamentos com os irmãos na fé, as ofertas que recebeu e as regiões por onde passou em suas jornadas missionárias.

        Primeiros Anos e Conversão

        Saulo de Tarso, conhecido como Paulo após sua conversão, nasceu na cidade de Tarso, uma importante cidade da província romana da Cilícia, por volta do início do primeiro século. Como cidadão romano e judeu fariseu, Paulo teve uma educação distinta, provavelmente estudando sob a tutela de Gamaliel, um dos mais respeitados rabinos da época. Antes de sua conversão, Saulo era um fervoroso defensor das tradições judaicas e um perseguidor ativo dos cristãos, considerando-os uma ameaça à pureza da fé judaica.

        A vida de Paulo mudou drasticamente em sua viagem a Damasco, onde ele pretendia prender seguidores de Jesus. No caminho, teve uma visão de Cristo ressuscitado, que o questionou: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9:4). Este encontro transformador levou Paulo a aceitar Jesus como o Messias e a dedicar sua vida à pregação do evangelho.

        A Vida do Apóstolo Paulo

        As Viagens Missionárias do Apóstolo Paulo

        Paulo realizou três grandes viagens missionárias, que são amplamente documentadas no livro de Atos dos Apóstolos, e em suas próprias epístolas.

        Primeira Viagem Missionária (Atos 13-14):

        A primeira viagem missionária de Paulo começou em Antioquia, na Síria, por volta do ano 46 d.C. Ele foi acompanhado por Barnabé e João Marcos. Eles navegaram para Chipre, onde pregaram nas sinagogas judaicas e converteram o procônsul Sérgio Paulo. De Chipre, seguiram para a Ásia Menor, visitando cidades como Perge, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. Em Listra, Paulo curou um homem paralítico, o que levou os habitantes a tentarem adorá-lo como um deus. No entanto, depois de um tumulto, Paulo foi apedrejado e deixado como morto, mas ele sobreviveu e continuou a pregar. Após retornar a Antioquia, Paulo e Barnabé relataram à igreja tudo o que Deus havia feito com eles.

        Segunda Viagem Missionária (Atos 15:36-18:22):

        A segunda viagem missionária de Paulo começou novamente em Antioquia, por volta de 49 d.C. Desta vez, ele foi acompanhado por Silas, após um desentendimento com Barnabé. Eles passaram por regiões da Síria e da Cilícia, fortalecendo as igrejas. Em Listra, Paulo conheceu Timóteo, que se tornou seu companheiro de viagem e colaborador próximo. Eles passaram pela Frígia e Galácia, e Paulo teve uma visão de um homem da Macedônia pedindo ajuda, o que o levou a mudar seus planos e seguir para a Europa. Em Filipos, uma cidade na Macedônia, Paulo e Silas foram presos após expulsarem um espírito de adivinhação de uma escrava. No entanto, um terremoto os libertou milagrosamente, e o carcereiro e sua família se converteram ao Cristianismo.

        De Filipos, Paulo viajou para Tessalônica, onde fundou uma igreja, mas foi forçado a sair devido à perseguição. Depois, foi para Bereia, onde encontrou judeus mais receptivos, e finalmente chegou a Atenas, onde fez seu famoso discurso no Areópago, explicando o “Deus desconhecido” aos filósofos atenienses. Paulo concluiu esta viagem em Corinto, onde permaneceu por um ano e meio, fundando uma igreja forte.

        Terceira Viagem Missionária (Atos 18:23-21:17):

        A terceira viagem missionária de Paulo começou por volta de 53 d.C., com uma visita às igrejas da Galácia e da Frígia. Ele passou a maior parte deste período em Éfeso, onde pregou por cerca de três anos, realizando muitos milagres e enfrentando a oposição dos artesãos que fabricavam ídolos. A pregação de Paulo contra a idolatria causou um grande tumulto, que quase resultou em sua morte. Após deixar Éfeso, Paulo visitou novamente as igrejas da Macedônia e da Grécia. Durante esse período, ele escreveu várias de suas epístolas, incluindo Romanos e 1 e 2 Coríntios.

        Após sua jornada pela Grécia, Paulo decidiu retornar a Jerusalém, apesar das advertências de que enfrentaria prisões e dificuldades. Ele chegou a Jerusalém em meio à controvérsia sobre sua missão entre os gentios e acabou sendo preso, o que marcou o início do fim de suas viagens missionárias.

        O Relacionamento de Paulo Com os Irmãos

        Paulo era profundamente relacional em seu ministério. Ele formou laços estreitos com muitos de seus colaboradores, como Timóteo, Tito, Silas e Priscila e Áquila. Timóteo, em particular, foi tratado por Paulo como um filho espiritual, e as cartas de Paulo a Timóteo revelam uma relação de mentor e discípulo baseada na confiança e no afeto.

        Paulo também manteve contato constante com as igrejas que fundou. Suas epístolas são evidências de sua preocupação pastoral e de sua intenção de fortalecer a fé dos crentes, corrigir erros doutrinários e promover a unidade. Ele não hesitava em oferecer conselhos práticos sobre questões como a moralidade, o comportamento dentro da igreja e as relações interpessoais, sempre buscando orientar os irmãos na fé de acordo com os ensinamentos de Cristo.

        Além disso, Paulo também demonstrava uma grande humildade e sensibilidade ao lidar com os irmãos. Em várias ocasiões, ele expressou sua gratidão pelas orações e apoio que recebia das igrejas, reconhecendo que seu ministério era sustentado pela comunhão e cooperação com os crentes.

        As Ofertas Recebidas Pelo Apóstolo Paulo

        Durante seu ministério, Paulo recebeu ofertas das igrejas que ele fundou, mas sempre teve o cuidado de não sobrecarregar os novos convertidos. Ele era um trabalhador manual, fazendo tendas para seu sustento, especialmente quando estava em Corinto, para evitar ser acusado de estar pregando por lucro. Contudo, ele aceitou apoio financeiro de igrejas que já estavam mais maduras na fé, como a igreja de Filipos, que contribuiu generosamente para suas necessidades (Filipenses 4:15-18).

        As ofertas também desempenhavam um papel importante no ministério de Paulo, não apenas para sustentar seus próprios esforços missionários, mas também para apoiar os crentes necessitados, especialmente em Jerusalém. Paulo organizou uma coleta entre as igrejas gentias para os pobres em Jerusalém, demonstrando assim a unidade do corpo de Cristo e a solidariedade entre judeus e gentios. Esta coleta foi uma expressão concreta de amor cristão e serviu para fortalecer os laços entre as diferentes comunidades cristãs.

        Os Lugares por Onde o Apóstolo Paulo Passou

        As viagens missionárias de Paulo cobriram uma vasta área do mundo mediterrâneo, desde a Ásia Menor até a Grécia, e eventualmente até Roma. Entre as principais regiões e cidades visitadas por Paulo estão:

        *Antioquia:* O ponto de partida e retorno de suas viagens missionárias. Era uma cidade chave na propagação do Cristianismo entre os gentios.

        *Chipre:* A primeira parada na primeira viagem missionária, onde converteu o procônsul romano.

        *Regiões da Ásia Menor:* Incluindo cidades como Perge, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe, onde Paulo enfrentou oposição e perseguição, mas também viu a formação de comunidades cristãs.

        *Macedônia:* Onde Paulo fundou igrejas importantes em Filipos, Tessalônica e Bereia.

        *Atenas:* Onde Paulo tentou alcançar os filósofos gregos, adaptando sua mensagem ao contexto cultural.

        *Corinto:* Uma cidade cosmopolita onde Paulo permaneceu por um longo período, trabalhando como fabricante de tendas e estabelecendo uma das mais importantes igrejas do Novo Testamento.

        *Éfeso:* Uma base importante para o ministério de Paulo durante sua terceira viagem missionária. Aqui, ele ensinou por três anos e enfrentou forte oposição devido à sua pregação contra a idolatria.

        *Jerusalém:* Paulo visitou Jerusalém várias vezes, mas sua última visita resultou em sua prisão, marcando o início de sua jornada como prisioneiro até Roma.

        Conclusão

        A vida do apóstolo Paulo é um testemunho notável de dedicação, coragem e sacrifício pelo evangelho. Suas viagens missionárias foram fundamentais para a disseminação do Cristianismo no mundo gentio, e suas epístolas continuam a ser uma fonte vital de doutrina e encorajamento para os cristãos em todo o mundo. Apesar das adversidades e perseguições, Paulo permaneceu firme em sua fé e missão, sempre buscando glorificar a Deus e fortalecer a igreja. Seu legado continua a impactar milhões crentes em todo o mundo.

        Quem são: o Dragão e as 2 Bestas do Apocalipse?

        As figuras do Dragão, das duas bestas e do falso profeta, nada mais são do que pessoas propriamente ditas, pessoas sob o domínio e possessão daquele que será lançado das regiões celestiais na terra. (Apocalipse 12:9)

        O Dragão, que é Satanás, será um homem dos acontecimentos do fim, juntamente com as duas bestas que reinaram nos primeiros 3 anos e meio de Tribulação.

        Ele (o Dragão) que estará por trás na maquinação dos projetos e intentos das duas bestas, como se fosse alguém sem importância, colocando seus holofotes nas (2) duas figuras das bestas.

        No capítulo 13 de Apocalipse é ele quem dá a sua autoridade as duas bestas (Apocalipse 13:2). Portanto é ele quem delega o seu poder e autoridade nos primeiros 3 anos e meio ou 42 meses, segundo Apocalipse 13:5.

        Os fatos relatados por Daniel, Tessalonicenses e Apocalipse nos leva a crer que nesse tempo o Dragão será a figura por trás da autoridade e domínio que é dado a Besta que ferida de morte e que sobreviveu (Apocalipse. 13:3).

        Quem são: o Dragão e as 2 Bestas do Apocalipse?

        O Dragão tira o poder quando ele quer. Ele, o dragão, será um líder mundial capaz de outorgar sua própria autoridade a quem bem lhe aprouver. Mas provavelmente sem deixar dele mesmo poder tirá-la novamente, como acontecerá na metade da semana de Daniel, estabelecendo assim como nos diz o profeta, a “abominação de desoladora”, dando início assim ao seu reinado de terror, e também o começo da (70ª) septuagésima e última semana de Daniel.

        O profeta Ezequiel o descreve como aquele que assentará no coração dos mares querendo parecer Deus (Ezequiel 28). A bíblia nos adverte, ele se elevará sobre todos e sobre tudo se engrandecerá (Daniel 11:37). Não terá respeito a nenhum outro deus, nem aos deuses de qualquer outra religião, não importa qual seja ela.

        Quando acontece reinado do Dragão?

        O acontecimento que dará inicia esse reinado do Dragão será a sua expulsão das regiões celestiais, que hoje é o lugar de sua dominação.

        Como esse evento espiritual e invisível irá repercutir a aqui na Terra?

        Como poderia ser diferente senão por possessão demoníaca, como tantas vezes ele tentou, dizendo inclusive a Jesus que o Senhor tinha “vindo antes do tempo para atormentá-lo” (Mateus 8:29). Na verdade, nós sabemos o que Satanás estava querendo dizer com isso. Como ele sabe que seu juízo está próximo, exclamou tais palavras.

        O Dragão será conhecido por todos?

        Sim. A grande verdade é que o Dragão será desde agora uma figura presente na mídia e conhecido à primeira vista, mas ainda não possuído pelo próprio Satanás. Ele é uma pessoa de notoriedade mundial, mas ainda não manifesto, por causa do que Paulo escreveu ao Tessalonicenses, que ele só será conhecido após a retirada daquela (a igreja) que o impede de ser notado pelo mundo.

        Para tanto, a Palavra de Deus deixa claro que a igreja, ou seja, a presença da congregação de santos na Terra não deixa que saibamos ainda quem ele é verdadeiramente, até que os santos sejam levados ao encontro nos ares com Cristo.

        Este acontecimento que é chamado de Arrebatamento da igreja, fará com que Satanás seja lançado na Terra de forma simultânea a retirada do povo de Deus e manifesto o iniquo que o Apostolo Paulo nos relata.

        Mas Ele, o Dragão já está na Terra?

        Sim. Ele já está presente, o espírito maligno já opera nele (neste homem) para que sejam realizados os desígnios de Deus e os propósitos malignos para o tempo do fim

        A Quem Comparamos o Dragão de Apocalipse?

        Podemos comparar a figura do Dragão a vida daquele pretenso apóstolo de Jesus, Judas Iscariotes, no final do seu ministério, estava ali com Jesus, mas o Diabo ainda não havia entrado em seu coração, apenas posto em seu coração trair Jesus (João 13:2) para que cumprisse aquilo que estava designado que acontecesse com Jesus nas Escrituras.

        Assim como com Judas, o diabo já colocou no coração do mundo delegar essa autoridade a Besta e aos 10 chifres, mas como o tempo ainda não chegou, temos que aguardar o Arrebatamento e Satanás ser lançado na terra. O aparecimento ou manifestação do iníquo será com sinais e prodígios da mentira para aqueles que perecem, que segundo o apóstolo, não acolheram e nem deram crédito a verdade para serem salvos, mas antes se deleitaram com injustiça. (2Ts 2:9,10)

        Quando Satanás for lançado na terra acontecerá uma legítima possessão e manifestação do Dragão de Apocalipse, semelhante a maneira como aconteceu com Judas (Luc 22:3 Ora, Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze). Então esse homem que Paulo chama de “iníquo”, vejam bem que o apóstolo o chama “homem da iniquidade” antes mesmo dele se manifestar ao mundo, possesso. Portanto, significa que os intentos do seu coração são maus, como quando Judas colocou em seu coração trair Jesus.

        13 Fatos Sobre O Dragão

        1. Dragão tem 07 cabeças e 10 chifres. (Apocalipse 12:3)
        2. Dragão é a antiga serpente, satanás, o diabo que foi (*será no futuro) lançado na Terra (Apocalipse 12:9)
        3. Dragão dá autoridade a Besta do Mar (1ª Besta)
        4. Dragão dá autoridade aos 10 chifres (10 reis).
        5. 10 Chifres recebem autoridade juntamente com a Besta do Mar.
        6. Quarto animal também tinha 10 chifres. (Daniel. 7:7,19,20)
        7. Dragão é também o “Cavalo Vermelho” do segundo selo de Apocalipse 6:4, veja o paralelo com Apocalipse 12:3. Ele tira a paz da terra na quebra do acordo da metade da semana de Daniel 9:27 e
          assim começa seu reinado de terror
        8. Na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares (Daniel 9:27)
        9. Sobre a asa das abominações virá o assolador. (Daniel 9:27)
        10. Dele sairão forças, que profanarão o santuário, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a Abominação Desoladora (Daniel 11:31)
        11. Depois que sacrifício diário for tirado, e posta a Abominação Desoladora haverá ainda 1290 dias.
          (Daniel 12:11)
        12. Isaías 27:1 Descreve o Dragão como a Serpente Veloz.
        13. A Abominação Desoladora. (Mateus 24:15 a 21)

        26 Fatos Sobre A Besta do Mar

        1. BESTA DO MAR – Autoridade Religiosa e Política. Veja mais características deste animal
        2. Reina na tribulação de 42 meses = 1260 dias
        3. Falsa Paz; (Apocalipse. 6:2)
        4. Cavalo Branco; (Apocalipse. 6:2)
        5. Foi lhe dada uma coroa; (Apocalipse 6:2)
        6. Saiu vencendo e para vencer; (Apocalipse 6:2)
        7. Santos são lhe entregue nas mãos por 1260 dias. Daniel 7:25
        8. Tem 10 chifres (Apocalipse 13:1)
        9. Tem 07 cabeças – sobre os chifres 10 diademas e nas
        10. Cabeças nomes de blasfêmias (Apocalipse 13:1)
        11. Semelhante ao leopardo. (Apocalipse 13:1)
        12. Pés como de urso (Apocalipse 13:1)
        13. Boca como de Leão (Apocalipse 13:1)
        14. Uma das suas cabeças golpeada de morte, mas a ferida mortal foi curada (Apocalipse 13:3)
        15. Toda terra se maravilhou, seguindo a besta (Apocalipse 13:3)
        16. Quem é semelhante a esta, quem pode pelejar contra ela (Apocalipse 13:4)
        17. Abria a boca em arrogância e blasfêmias (Apocalipse 13:5)
        18. Agirá por 42 meses (Apocalipse 13:5)
        19. Difama o Nome de Deus e os que habitam no seu tabernáculo, ou seja, os arrebatados.(Apocalipse13:6)
        20. Peleja contra os santos e os vence. (Apocalipse 13:7)
        21. Dominará sobre as nações, povos. (Apocalipse 13:7)
        22. Ferida a espada e sobreviveu (Apocalipse 13:14)
        23. Besta = era e não é, está para emergir do abismo, também é o oitavo rei e caminha para destruição. (Apocalipse 17:11)
        24. Procede dos 07 reis. (Apocalipse 17:11).
        25. Terá uma moeda mundial com sua imagem ou com seu nome. Figura do Papa irá promulgar a Paz em Israel através da reconstrução do Templo. (Apocalipse 11:1 e 2)
        26. Isaias 27:1 Descreve a Besta do Mar de Apocalipse 13:1 como o “Mostro que esta no Mar”.

        Tradução Bíblia Viva de Apocalipse 17:8. Ele esteve vivo, mas agora não está. E apesar disso, brevemente
        surgirá do abismo insondável e irá para a destruição eterna; e o povo da terra cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida antes que o mundo existisse, ficará atordoado com o reaparecimento dele depois de estar morto. “

        14 Fatos Sobre A Besta da Terra

        1. Esta presente na tribulação, nos primeiros 42 meses = 1260 dias
        2. Possuí 02 chifres, Apocalipse 13;11)
        3. Parecendo cordeiro, (Apocalipse 13:11)
        4. Falava como dragão. (Apocalipse 13:11)
        5. Exercia toda autoridade da 1ª Besta na sua presença. (Apocalipse 13:12)
        6. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. (Apocalipse 13:12)
        7. Também opera grandes sinais, até fogo faz descer do céu à terra. (Apocalipse 13:13)
        8. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da Besta. (Apocalipse 13:14)
        9. Diz aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; (Apocalipse 13:14) (Tipologia em Daniel 3: 4,5,6)
        10. E lhe foi dado comunicar fôlego (dar vida) à imagem da besta para que não só a imagem falasse, mas também… (Apocalipse 13:15)
        11. …faz morrer todos quantos não adoram a imagem da besta. (Apocalipse 13:15) (Tipologia em Daniel 3:6)
        12. Todos: pequenos e grandes, ricos e pobres, livres escravos tenham a marca na mão direita ou na fronte. (Apocalipse 13:16)
        13. Ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. (Apocalipse 13:17) (Tipologia em Daniel 3:6)
        14. A Besta da terra e o falso profeta são as mesmas pessoas (Apocalipse 20:10). Neste versículo não vemos a besta da terra sendo citada, mas somente o falso profeta, a primeira besta que é mencionada é a Besta do Mar.