Os 9 Nomes Comuns de Reis e Imperadores Famosos

Aqui você verá os 9 nomes de reis que governaram no Antigo Testamento, pessoas diferentes designadas com um mesmo nome. Eram, na verdade, títulos que eram dados a reis que tinham grande autoridade, governavam sobre reinos e impérios, seus nomes eram passados de geração em geração.

Os 9 Nomes Reis e Imperadores Famosos

Estes nomes comuns eram: Faraó ou Petolomeu, Herodes, Abimeleque, Agague, Ben-Hadade, Cesar, Ciro, Artaxerxes ou Xerxes e Dario. Vejamos mais detalhes a seguir sobre eles:

Faraó, que significa ‘regente’, era comum o nome de todos os reis dos Egípcios desde o tempo de Abraão até a invasão dos persas, mudando-se depois o nome de Faraó por “Ptolomeu“.

Nos tempos de Jesus, temos os nomes comuns do Rei Herodes, o Grande. Nos temos na sequência dos reis de nos tempos de Herodes:

1 – Herodes, O Grande
2 – Herodes Antipas
3 – Herodes Filipe
4 – Herodes Arquelaus
5 – Herodes Agripas I
6 – Herodes Agripas II

Ao contrário do que possam pensar Herodes, o Grande não foi quem mandou matar João Batista, mas o Herodes Antigas seu filho.

Os Nomes Comuns de Reis No Antigo Testamento

Abimeleque, que significa meu pai “e Rei”, parece haver comum sido o nome de todos os Reis dos Filisteus. Agague, o Reis dos amalequitas; Bem-Hadade dos Sírios e de Cesar, dos Imperadores romanos.

Os 8 Nomes Comuns de Reis No Antigo Testamento

Os Reis Egípcios parecem ter um nome próprio além do comum, como os romanos, Ex: Faraó Neco, Faraó Ofra.

O Título de Faraó

O título “Faraó” era dado aos reis do Egito antigo, representando a figura de maior autoridade política, religiosa e militar no Egito. A palavra deriva do termo egípcio “per-aa”, que significa “grande casa” e inicialmente se referia ao palácio real. Com o tempo, passou a ser usada para designar o próprio soberano. Os faraós eram considerados deuses vivos, encarnações do deus Hórus na terra, e, após a morte, acreditava-se que se uniam a Osíris, o deus do além.

Já o termo “Ptolomeu” não era sinônimo de “Faraó”, mas se refere a uma dinastia helenística que governou o Egito após a conquista de Alexandre, o Grande, em 332 a.C. Quando Alexandre morreu, um de seus generais, Ptolomeu I Sóter, assumiu o controle do Egito e estabeleceu a Dinastia Ptolemaica (305–30 a.C.). Essa dinastia manteve tradições faraônicas enquanto introduzia elementos gregos na cultura egípcia.

Uma curiosidade é que o último governante da dinastia Ptolemaica foi a famosa Cleópatra VII, que também carregava o título de faraó. Ela tentou restaurar a independência egípcia frente ao poder romano, mas, após sua morte em 30 a.C., o Egito foi anexado ao Império Romano, encerrando o período dos faraós. 

O Título de Abimelec

O nome Abimeleque (ou Abimelec) tem origem hebraica e significa “meu pai é rei” ou “pai do rei”. É um nome significativo, frequentemente relacionado a figuras de poder, e aparece em diferentes momentos na Bíblia, geralmente associado a líderes ou reis.

Aqui estão algumas curiosidades sobre o nome Abimeleque e os personagens bíblicos que o carregaram:

  1. Abimeleque, rei filisteu nos dias de Abraão e Isaque

Em Gênesis 20, Abimeleque é mencionado como rei de Gerar, uma região habitada pelos filisteus. Ele interagiu com Abraão quando este apresentou sua esposa Sara como sendo sua irmã. Deus avisou Abimeleque em um sonho para não tomar Sara como esposa, preservando-a e, assim, protegendo a promessa de Deus a Abraão.

O mesmo título aparece novamente em Gênesis 26, quando Isaque, filho de Abraão, também encontra um rei chamado Abimeleque em Gerar. A situação é semelhante: Isaque apresenta Rebeca como sua irmã, e novamente Deus intervém para proteger Rebeca.

É possível que “Abimeleque” fosse um título dinástico, como “Faraó” no Egito, em vez de um nome pessoal.

  1. Abimeleque, filho de Gideão

Em Juízes 9, Abimeleque é descrito como filho de Gideão (também chamado Jerubaal) com uma concubina de Siquém. Após a morte de seu pai, ele conspirou para se tornar rei de Israel, mas o fez de maneira traiçoeira, matando seus setenta irmãos para garantir o trono.

Ele foi ungido rei pelos homens de Siquém, mas seu reinado foi marcado pela violência e instabilidade. No final, ele morreu de forma humilhante, quando uma mulher jogou uma pedra de moinho sobre sua cabeça, ferindo-o mortalmente. Para evitar a vergonha de ser morto por uma mulher, Abimeleque pediu a seu escudeiro que o matasse com a espada.

Sua história é frequentemente usada como um exemplo dos perigos da ambição desmedida e da falta de submissão à vontade de Deus.

  1. O significado teológico e histórico

O nome “Abimeleque” carrega uma implicação de legitimidade real (“meu pai é rei”), mas os dois Abimeleques mencionados na Bíblia enfrentaram sérios problemas relacionados ao abuso de poder e à desobediência a Deus.

No contexto histórico, reis com o título ou nome Abimeleque podem ter simbolizado a tensão entre a autoridade divina e a autoridade humana. Tanto os filisteus quanto os israelitas aprenderam, de formas diferentes, que a verdadeira soberania pertence a Deus.

O Título de Agague

O nome Agague (ou Hagagi, dependendo da transliteração) aparece na Bíblia como um título associado a reis dos amalequitas, um povo frequentemente mencionado como inimigo de Israel no Antigo Testamento. A origem do nome em hebraico (אגג, Agag) é incerta, mas acredita-se que possa significar “alto”, “elevado” ou “chama”, refletindo um status de importância ou autoridade. Assim como “Faraó” no Egito, “Agague” pode ter sido um título dinástico usado por diferentes reis amalequitas, e não necessariamente um nome pessoal.

Aqui estão algumas curiosidades sobre Agague e sua menção na Bíblia:

Agague na época de Saul e Samuel

    A menção mais conhecida de Agague está em 1 Samuel 15, quando Deus ordenou ao rei Saul, através do profeta Samuel, que destruísse completamente os amalequitas, incluindo seu rei Agague. Isso fazia parte do juízo de Deus contra os amalequitas por sua constante oposição ao povo de Israel (Êxodo 17:8-16).

    No entanto, Saul desobedeceu a Deus. Embora derrotasse os amalequitas, ele poupou a vida de Agague e reteve os melhores despojos de guerra, contrariando a ordem de destruição total (chamada de herem). Por causa dessa desobediência, Saul foi rejeitado por Deus como rei.

    Mais tarde, o profeta Samuel executou Agague, dizendo: “Assim como a tua espada deixou mulheres sem filhos, também a tua mãe ficará sem filho” (1 Samuel 15:33). Este ato simbolizava a justiça de Deus contra os inimigos de Israel.

    O título dinástico de Agague

      A referência a Agague como título aparece indiretamente em Números 24:7, na profecia de Balaão. Ele menciona que o rei de Israel seria maior do que “Agague”, indicando que o título se aplicava a um líder amalequita de destaque.

      Isso reforça a ideia de que “Agague” não era um nome único, mas um título usado por sucessivos reis dos amalequitas.

      A conexão com Hamã no livro de Ester

        A tradição judaica associa Hamã, o principal antagonista no livro de Ester, ao povo amalequita. Hamã é descrito como “agagita” (Ester 3:1), o que pode significar que ele era um descendente de Agague.

        Se essa conexão for válida, ela simboliza o ódio persistente dos amalequitas contra os israelitas ao longo da história, visto que Hamã planejou a destruição de todo o povo judeu no Império Persa.

        O Título Ben-Hadad

        O nome Ben-Hadade (ou Ben-Hadad, dependendo da transliteração) é mencionado na Bíblia como o título de vários reis que governaram a Síria (ou Arã-Damasco) em diferentes épocas. O nome tem origem semítica e significa “filho de Hadade”, sendo Hadade o deus da tempestade e da guerra na religião cananeia e aramaica, equivalente a Baal. Assim como “Faraó” no Egito, “Ben-Hadade” parece ser um título dinástico e não um nome pessoal.

        Ben-Hadade I – Aliança com Baasa, rei de Israel

          Ben-Hadade I é mencionado em 1 Reis 15:18-20, quando Asa, rei de Judá, fez uma aliança com ele para enfraquecer Baasa, rei de Israel. Asa enviou ouro e prata do templo de Deus para subornar Ben-Hadade, pedindo que ele atacasse as cidades do norte de Israel.

          Ben-Hadade aceitou e conquistou cidades importantes, como Ijom e Dã, auxiliando Asa e enfraquecendo Baasa. Essa aliança mostra como as relações políticas entre Judá, Israel e as nações vizinhas eram frequentemente baseadas em interesses estratégicos.

          Ben-Hadade II – Conflitos com Acabe e Eliseu

            Ben-Hadade II é mencionado em vários relatos envolvendo reis de Israel, particularmente o rei Acabe e o profeta Eliseu:

            Em 1 Reis 20, ele lidera um poderoso exército sírio contra Israel, cercando Samaria. Apesar de suas ameaças arrogantes, Deus entrega a vitória ao rei Acabe para mostrar Sua soberania.

            Após ser derrotado, Ben-Hadade é capturado, mas Acabe o poupa, fazendo um tratado com ele. Esse ato de misericórdia custou caro a Acabe, já que Deus o repreendeu, dizendo que ele deveria ter eliminado o rei inimigo.

            Em 2 Reis 6-7, Ben-Hadade cerca Samaria novamente, causando uma grave fome. No entanto, Deus intervém milagrosamente, confundindo o exército sírio e fazendo-o fugir, deixando para trás seus suprimentos.

            Ben-Hadade III – Período de declínio

              Ben-Hadade III, filho de Hazael, é mencionado em 2 Reis 13:3-25. Ele herdou o trono após a morte de Hazael, mas seu reinado foi marcado pela fraqueza. Deus levantou um libertador para Israel durante esse período, e o domínio sírio sobre Israel começou a enfraquecer.

              Sob Ben-Hadade III, Israel, liderado pelo rei Jeoás, recuperou cidades anteriormente perdidas, como profetizado por Eliseu antes de sua morte.

              título César tem origem no nome de Júlio César, uma das figuras mais emblemáticas da história romana. Após sua morte, o título passou a ser adotado pelos imperadores romanos e se tornou sinônimo de soberania e poder no Império Romano. Aqui estão algumas curiosidades fascinantes sobre os Césares e seu papel na história:

              Origem do Título “César”

              Júlio César (100 a.C.–44 a.C.) não foi tecnicamente um imperador, mas desempenhou um papel central na transição da República Romana para o Império. Sua ditadura vitalícia abriu caminho para o estabelecimento de uma monarquia imperial.

              Após sua morte, o título “César” foi adotado por seu herdeiro e sobrinho-neto, Otaviano (mais tarde conhecido como César Augusto), o primeiro imperador de Roma. A partir daí, “César” passou a ser um título oficial dos imperadores romanos.

              O Título “César” e “Augusto”

              Após Augusto, os imperadores passaram a usar dois títulos principais:

              César: usado pelos herdeiros ou co-imperadores, indicando sucessão ou ligação à dinastia.

              Augusto: título mais elevado, associado à autoridade imperial plena.

              Esse sistema se consolidou no período conhecido como a Tetrarquia, sob o imperador Diocleciano (século III d.C.), quando o império foi dividido em dois augustos (imperadores principais) e dois césares (herdeiros).

              Os Césares no contexto bíblico

              O Novo Testamento menciona os Césares de forma direta e indireta, contextualizando o domínio romano sobre o mundo judaico:

              César Augusto (Lucas 2:1): Ele é citado no nascimento de Jesus como o imperador que decretou o censo que levou José e Maria a Belém.

              Tibério César (Lucas 3:1): Governava na época do ministério de João Batista e de Jesus.

              Durante o julgamento de Jesus, os líderes judeus dizem a Pilatos: “Não temos outro rei senão César” (João 19:15), referindo-se ao imperador como símbolo da autoridade romana.

              O apóstolo Paulo, em sua defesa, apela ao imperador, dizendo: “Apelo para César!” (Atos 25:11), exigindo julgamento em Roma sob o direito romano.

              Os “Doze Césares”

              O historiador romano Suetônio escreveu um famoso livro chamado “A Vida dos Doze Césares”, que cobre os primeiros doze imperadores de Roma, começando com Júlio César e terminando com Domiciano. Esses imperadores incluíram figuras marcantes como:

              César Augusto: Estabeleceu o Império Romano e trouxe a Pax Romana (paz romana).

              Calígula: Famoso por sua tirania e excentricidade.

              Nero: Lembrado por sua perseguição aos cristãos e pelo grande incêndio de Roma.

              O impacto do título “César” no mundo

              O título “César” influenciou outras línguas e culturas, sendo adotado como símbolo de autoridade suprema:

              “Kaiser”: usado pelos imperadores alemães.

              “Tsar” (ou Czar): usado pelos imperadores da Rússia.

              Isso reflete o legado duradouro do Império Romano e da figura de César como um símbolo universal de poder.

              Césares famosos e sua influência

              Constantino, o Grande (século IV): O primeiro César a se converter ao cristianismo, marcando a transição do paganismo para o cristianismo como religião oficial do império.

              Juliano, o Apóstata: Tentou restaurar o paganismo após o avanço do cristianismo.

              Diocleciano: Reorganizou o império e introduziu a tetrarquia, fortalecendo o título de “César” como parte do sistema imperial.

              O Título de Artaxerxes ou Xerxes

              O nome Artaxerxes (ou Ouxerxes, dependendo da transliteração) é associado a vários reis do Império Persa durante a dinastia aquemênida. Esse nome, de origem persa antiga, deriva do termo Artaxšaça ou Artaššaça, que significa “aquele que governa com justiça” ou “reino justo”. Artaxerxes é uma figura importante tanto na história secular quanto na narrativa bíblica, sendo mencionado especialmente nos livros de Esdras e Neemias. Aqui estão algumas curiosidades sobre o nome e os reis que o carregaram:

              Os reis chamados Artaxerxes

                Houve vários reis persas com o nome Artaxerxes, mas os mais famosos incluem:

                Artaxerxes I (464–424 a.C.): Chamado de Artaxerxes Longímano devido à possível deformidade ou tamanho de um de seus braços.

                Artaxerxes II (404–358 a.C.) e Artaxerxes III (358–338 a.C.): Conhecidos por suas tentativas de manter a estabilidade do império em meio a rebeliões internas.

                Artaxerxes na Bíblia

                  Artaxerxes I Longímano é amplamente reconhecido como o rei mencionado nos livros de Esdras e Neemias. Ele desempenhou um papel significativo na reconstrução de Jerusalém:

                  No livro de Esdras: Ele autorizou Esdras, um escriba judeu, a retornar a Jerusalém com outros exilados e garantiu recursos para restaurar o templo e reforçar as leis judaicas (Esdras 7:11-26).

                  No livro de Neemias: Neemias, copeiro de Artaxerxes, pediu permissão ao rei para voltar a Jerusalém e reconstruir os muros da cidade. Artaxerxes não só permitiu, mas também forneceu cartas de proteção e materiais para a obra (Neemias 2:1-8). Isso mostra sua abertura às questões religiosas e políticas de seus governados.

                  Características do governo de Artaxerxes I

                    Tolerância religiosa: Artaxerxes, como outros reis persas, é lembrado por sua política de respeito às diferentes culturas e religiões dentro do vasto império persa. Isso incluía permitir que os judeus retornassem a sua terra e reconstruíssem seus templos.

                    Centralização administrativa: Ele manteve a estrutura administrativa altamente organizada do Império Persa, com governadores regionais (os sátrapas) supervisionando diferentes partes do império.

                    Diplomacia e poder: Durante seu reinado, Artaxerxes I buscou manter a paz dentro de seu vasto território e usou a diplomacia para lidar com as ameaças gregas no oeste.

                    O Império Persa e sua grandiosidade

                      O título “governante dos persas” usado por Artaxerxes refletia o controle de um império que se estendia da Índia ao Mediterrâneo. Essa vastidão exigia líderes visionários para manter a estabilidade.

                      A dinastia aquemênida, à qual Artaxerxes pertencia, é famosa por sua organização administrativa, sua rede de estradas (como a Estrada Real) e a criação do primeiro modelo de império multicultural.

                      Artaxerxes e outros reis persas da dinastia aquemênida são lembrados por sua abordagem relativamente progressista, especialmente no contexto das relações entre o estado e as diferentes culturas/religiões.

                        A reconstrução do templo em Jerusalém e os eventos associados a Esdras e Neemias são considerados marcos importantes na história judaica, ligados diretamente à política tolerante de Artaxerxes.

                        O Império Persa e o nome Xerxes

                          A transliteração Xerxes é uma variante grega para o nome Artaxerxes, refletindo como os povos helênicos adaptaram os nomes dos governantes persas.

                          Na cultura grega, os reis persas eram frequentemente retratados de forma caricatural, como no caso de Xerxes I na obra “Os Persas”, de Ésquilo. No entanto, Artaxerxes I e seus sucessores eram mais respeitados por sua sabedoria e pragmatismo.

                          Os Títulos dos Reis Dario e Ciro

                          Os nomes Ciro e Dario são associados a importantes governantes do Império Persa, especialmente da dinastia aquemênida. Esses nomes representam dois dos mais proeminentes reis na história da Pérsia, conhecidos tanto por suas conquistas quanto por seu impacto cultural e religioso. Aqui estão algumas curiosidades sobre esses nomes e os reis que os carregaram:

                          Ciro, o Persa, Significado do nome Ciro. O nome Ciro em persa antigo é Kūruš, que pode significar “como o sol” ou “pastor”. Na cultura persa, o nome está associado a liderança, iluminação e proteção, características atribuídas ao rei Ciro, o Grande.

                            Ciro, o Grande (559–530 a.C.)

                              Ciro II, também chamado de Ciro, o Grande, foi o fundador do Império Aquemênida, que se tornou o maior império do mundo antigo. Ele conquistou a Babilônia, a Lídia e muitas outras regiões, unificando um vasto território.

                              É amplamente reconhecido por sua política de tolerância e respeito às culturas e religiões dos povos conquistados. Ciro é mencionado na Bíblia como um instrumento de Deus para a libertação do povo judeu exilado na Babilônia:

                                Em Isaías 45, ele é chamado de “ungido” (mashiach), mesmo sendo um rei gentio, porque Deus o usou para permitir que os judeus retornassem a Jerusalém e reconstruíssem o templo.

                                No livro de Esdras 1:1-4, o decreto de Ciro ordena a libertação dos judeus e autoriza a reconstrução do templo em Jerusalém, marcando o início de uma nova fase na história judaica.

                                  A chamada Cilindro de Ciro, uma inscrição em argila, é considerada a primeira “declaração de direitos humanos” do mundo. Nela, Ciro declara a liberdade religiosa e o respeito pelas culturas dos povos que governava.

                                  O Império fundado por Ciro durou mais de dois séculos, até a conquista de Alexandre, o Grande. O nome Dario vem do persa antigo Dārayavahuš, que significa “aquele que mantém o bem” ou “protetor do bem”.

                                    O nome reflete qualidades de governança justa e administração eficiente, características associadas aos reis que o carregaram.

                                    Dario I, o Grande (522–486 a.C.)

                                      Dario I consolidou o império fundado por Ciro, reorganizando-o em satrapias (províncias administradas por governadores). Ele também criou o sistema de estradas, incluindo a famosa Estrada Real, e introduziu uma moeda única, o dárico.

                                      Ele é lembrado por suas campanhas militares, como a tentativa de conquistar a Grécia, que terminou com a derrota persa na Batalha de Maratona (490 a.C.).

                                        Dario, o Medo é mencionado no livro de Daniel (Daniel 6). Ele governou após a queda da Babilônia e é conhecido por colocar Daniel na cova dos leões, sendo depois convencido da soberania do Deus de Daniel.

                                        O Dario da história de Daniel é debatido por historiadores, pois não há consenso se ele seria Dario I ou um outro líder, possivelmente governador da Babilônia.

                                        Dario e a reconstrução do templo

                                          Dario I também desempenhou um papel importante no retorno dos judeus e na reconstrução do templo em Jerusalém. Em Esdras 6, ele confirma e apoia o decreto de Ciro, ordenando que o trabalho fosse concluído e financiado pelo tesouro persa.

                                            Dario é lembrado como um dos maiores administradores do Império Persa. Ele estabeleceu um sistema de governo centralizado que serviu de modelo para impérios posteriores.

                                            Ele também deixou um legado arquitetônico, incluindo o início da construção de Persépolis, a grandiosa capital cerimonial do Império Persa.

                                            Nomes de Rei iguais em tempos diferentes eram mais comuns do que possamos imaginar, por isso não estranhe Governos de reis com nomes iguais em tempos distantes.

                                            Temos então, resumindo:

                                            1. Faraó ou Ptolomeu – Reis que dominavam sobre os Egípcios
                                            2. Abimeleque -reis que dominavam sobre os FILISTEUS
                                            3. Agague -reis que dominavam sobre os amalequitas
                                            4. Ben-Hadade – reis que dominavam sobre os Sírios
                                            5. Césares – Imperadores que dominavam sobre os Romanos.
                                            6. Ciro I, II – nome comum dos reis que dominavam sobre os Persas
                                            7. Artaxerxes e Xerxes também era o nome comum de governantes em outra época dos Persas, como nos tempos de Ester, Esdras e Neemias.
                                            8. Dario era nome comum dos reis da Média, ou seja, dos medos. Era nome comum também de alguns governantes da Pérsia.
                                            9. Herodes – era o nome comum dos reis que governavam sobre os Judeus nos tempos de Jesus. Veja aqui a Biografia completa de Herodes, o Grande.