Festas e Celebrações Bíblicas e Pagãs: Origem e Propósito

A Bíblia menciona diversas celebrações, festas e rituais realizados tanto pelo povo de Deus quanto por nações pagãs. Essas celebrações tinham objetivos diferentes, dependendo do contexto e do destinatário da adoração. Abaixo está uma análise das principais festas bíblicas, dividindo-as entre aquelas destinadas a Deus e aquelas associadas a cultos pagãos.

Celebrações Dedicadas a Deus

  1. Páscoa (Pessach)
  • Origem e Referência: Êxodo 12:1-14
  • Propósito: A Páscoa era uma celebração anual para lembrar a libertação dos israelitas da escravidão no Egito. O cordeiro pascal, cujo sangue era colocado nas portas, simbolizava a proteção de Deus, que “passou por cima” das casas dos israelitas durante a décima praga.
  • Significado Espiritual: A Páscoa representava a redenção e a libertação, apontando para o sacrifício de Cristo no Novo Testamento (1 Coríntios 5:7).
  1. Festa dos Pães Asmos
  • Origem e Referência: Levítico 23:6-8
  • Propósito: Comemorada logo após a Páscoa, essa festa durava sete dias e envolvia a remoção do fermento, que simbolizava o afastamento do pecado.
  • Significado Espiritual: A pureza e santidade do povo de Deus, que deve viver sem o “fermento” do pecado.
  1. Festa das Semanas (Shavuot ou Pentecostes)
  • Origem e Referência: Levítico 23:15-21
  • Propósito: Celebrada 50 dias após a Páscoa, marcava o início da colheita de trigo. Também foi o dia em que Deus entregou a Lei a Moisés no Monte Sinai.
  • Significado Espiritual: No Novo Testamento, é associada ao derramamento do Espírito Santo (Atos 2).
  1. Festa das Trombetas (Rosh Hashaná)
  • Origem e Referência: Levítico 23:23-25
  • Propósito: Início do ano civil e um chamado ao arrependimento.
  • Significado Espiritual: Alerta para o julgamento divino e a preparação para o Dia da Expiação.
  1. Dia da Expiação (Yom Kippur)
  • Origem e Referência: Levítico 16
  • Propósito: Dia de jejum e arrependimento, em que o sumo sacerdote fazia expiação pelos pecados do povo.
  • Significado Espiritual: A reconciliação com Deus, simbolizando a purificação dos pecados.
  1. Festa dos Tabernáculos (Sucot)
  • Origem e Referência: Levítico 23:33-44
  • Propósito: Comemoração da provisão de Deus durante a jornada pelo deserto, vivendo em tendas.
  • Significado Espiritual: A lembrança da provisão e presença de Deus em todas as fases da vida.
  1. Festa de Purim
  • Origem e Referência: Ester 9:20-32
  • Propósito: Comemoração da libertação dos judeus do decreto de extermínio de Hamã.
  • Significado Espiritual: Celebração da providência e proteção divina.

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Festas e Celebrações Pagãs

  1. Culto a Baal
  • Referência: 1 Reis 18; Jeremias 19:5
  • Propósito: Baal era uma divindade cananeia associada à fertilidade e à tempestade. O culto incluía sacrifícios, às vezes humanos, e rituais de prostituição.
  • Significado Espiritual: Baalismo era visto como uma traição a Deus e levava o povo a práticas imorais e degradantes.
Festas e Celebrações Bíblicas e Pagãs: Origem e Propósito
  1. Festas a Moloque
  • Referência: Levítico 18:21; 2 Reis 23:10
  • Propósito: Moloque era um deus amonita, e seu culto incluía o sacrifício de crianças.
  • Significado Espiritual: Representava a corrupção total e a abominação diante de Deus, resultando em severos juízos.
  1. Culto a Astarote (Astarte)
  • Referência: 1 Samuel 7:3; Juízes 2:13
  • Propósito: Astarote era uma deusa da fertilidade e do amor, adorada com rituais que envolviam práticas sexuais.
  • Significado Espiritual: O culto a Astarote era visto como idolatria e conduzia o povo de Israel a se desviar dos mandamentos de Deus.
  1. Festas e Cultos de Deuses Egípcios
  • Referência: Êxodo 32:1-6 (Bezerro de Ouro)
  • Propósito: Os israelitas, influenciados pela cultura egípcia, criaram um bezerro de ouro, representando deuses da fertilidade e riqueza.
  • Significado Espiritual: Esse ato foi uma grave infração contra o primeiro mandamento, mostrando a tendência do povo em se desviar para a idolatria.

As celebrações dedicadas a Deus na Bíblia tinham como objetivo principal lembrar ao povo da aliança, da providência, do perdão e da santidade exigida por Deus. Essas festas eram momentos de adoração, gratidão e comunhão com Deus, reforçando a identidade do povo como nação santa e escolhida.

Em contraste, as celebrações pagãs eram caracterizadas por práticas que desonravam a Deus, incluindo sacrifícios humanos, prostituição ritual e idolatria. Essas festas promoviam a imoralidade e distanciavam as pessoas do verdadeiro Deus, resultando em juízos severos.

Essas festas e rituais, quando analisados à luz das Escrituras, revelam a seriedade com que Deus tratava o culto verdadeiro e a gravidade do desvio para práticas pagãs. O povo de Israel era constantemente lembrado de sua identidade e chamado a rejeitar as práticas dos povos ao seu redor, mantendo-se fiel à aliança com Deus.

Páscoa dos Hebreus: A Festa da Páscoa Na Bíblia

No Calendário Israelita Fica no mês de: ABIBE / NISÃ (Março/Abril).  Referências:(Êx. 12:2; 13:4; 23:15; 34:18; Dt. 16:1; Ne. 2:1; Et. 3:7) “Este deverá ser o primeiro mês do ano para vocês… Neste dia do mês de abibe vocês estão saindo…

Celebrem a festa dos pães sem fermento; durante sete dias comam pão sem fermento, como eu lhes ordenei. Façam isso na época determinada do mês de abibe, pois nesse mês vocês saíram do Egito. “Ninguém se apresentará a mim de mãos vazias…

Páscoa dos Hebreus No Mês de Abibe

Observem o mês de abibe e celebrem a Páscoa do SENHOR, o seu Deus, pois no mês de abibe, de noite, ele os tirou do Egito… No mês de nisã do vigésimo ano do rei Artaxerxes, na hora de servir-lhe o vinho, levei-o ao rei. Nunca antes eu tinha estado triste na presença dele…

No primeiro mês do décimo segundo ano do reinado do rei Xerxes, no mês de nisã, lançaram o pur, isto é, a sorte, na presença de Hamã a fim de escolher um dia e um mês para executar o plano. E foi sorteado o décimo segundo mês, o mês de adar.”(NVI).

Agricultura e Clima: Chuvas tardias de primavera. Início da colheita da cevada e do linho.

Festas: Páscoa – Pães sem fermento (asmos) – As primícias.

Há em todos os lugares da cidade um ar de festa. Todos pensam em receber e dar presentes, de preferência ovos grandes e coloridos ou coelhinhos recheados. Co certeza esta festa é muito gostosa. Sem dúvida saborosa. Será que a páscoa é isso: dar e receber bombons? Qual será o real significado da páscoa?

Vocês sã capazes de responder a esta pergunta? Não? Então vejamos como a páscoa é importante e bastante significativa, principalmente para nós que conhecemos Jesus como nosso Salvador.

No capítulo 12 do livro de Êxodo (leia-o no na íntegra no final desta matéria), ficará conhecendo a história da mais importante e solene (que se festeja ou celebra com pompa) festa dos judeus, A PÁSCOA.

Páscoa é o mesmo que “passagem” ou “passar por cima” e nos faz lembrar a passagem do anjo da morte na ocasião da morte dos primogênitos da Egito.

A grande festa da páscoa celebra tanto a libertação do povo da escravidão como a salvação dos primogênitos dos judeus, cujas vidas foram poupadas. Em resumo: A

PÁSCOA FALA DE LIBERDADE E VIDA.

NO NOVO TESTAMENTO PÁSCOA SIGNIFICA RESSURREIÇÃO.
Foi durante as comemorações da páscoa que Jesus Cristo ressuscitou garantindo-nos assim a vida eterna.

PÁSCOA SIGNIFICA LIBERDADE PLENA EM CRISTO.
Foi na páscoa que todos os discípulos ouviram falar que seu Mestre, amigo e Senhor ia encontrar-se com eles em Jerusalém. Já não havia mais motivo para temer. Jesus havia vencido a morte.

Com certeza você está se perguntando: o que isso tem a ver com coelhinhos de chocolate, ovos, girassol, etc.? A resposta é simples: N A D A.

Esses e outros símbolos são herança dos povos pagãos, que foram atravessando fronteiras e chegaram até nós.

A maioria desses símbolos, tão difundidos em nossa cultura, surgiram de “lendas”, e o significado da palavra lenda é: Uma narração de caráter maravilhoso na qual os fatos históricos são deformados pela imaginação popular; mentira, patranha.

Desde o começo do mundo o cordeiro tem um lugar muito especial no relacionamento do homem com Deus. Em (Gn. 4:4) “Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho.

O SENHOR aceitou com agrado Abel e sua Oferta.” (NVI) podemos ver a primeira vez em que um cordeiro é usado como culto a Deus, quando Abel agrada ao Senhor ao oferecer-lhe as primícias de suas ovelhas. Mais tarde Abraão também oferece um cordeiro à Deus (Gn. 22:7-18) “Isaque disse a seu pai Abraão: “Meu pai!” “Sim, meu filho”, respondeu Abraão. Isaque perguntou:

“As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Respondeu Abraão: “Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho”. E os dois continuaram a caminhar juntos.

Quando chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado, Abraão construiu um altar e sobre ele arrumou a lenha. Amarrou seu filho Isaque e o colocou sobre o altar, em cima da lenha. Então estendeu a mão e pegou a faca para sacrificar seu filho. Mas o Anjo do SENHOR o chamou do céu:

“Abraão! Abraão!” “Eis-me aqui”, respondeu ele. “Não toque no rapaz”, disse o Anjo. “Não lhe faça nada.Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho.”

Abraão ergueu os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Foi lá pegá-lo, e o sacrificou como holocausto em lugar de seu filho.

Abraão deu àquele lugar o nome de “O SENHOR Proverá”. Por isso até hoje se diz: “No monte do SENHOR se proverá”.

Pela segunda vez o Anjo do SENHOR chamou do céu a Abraão e disse: “Juro por mim mesmo”, declara o SENHOR, “que por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho, esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar.

Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos e, por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu”. (NVI).

Festa de Páscoa dos Hebreus – Saída do povo de Israel do Egito

Na saída do povo de Israel do Egito, foi o sangue de um cordeiro que salvou a vida dos primogênitos israelitas (Êx. 12:7,13) “Passem, então, um pouco do sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas nas quais vocês comerão o animal…

O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito.” (NVI).

Esse cordeiro sacrificado ao Senhor era escolhido com muito rigor. O cordeiro precisava Ter um ano de idade, ser perfeito fisicamente; não poderia ser cozido, nem comido cru, mas assado no fogo, seus ossos não podiam ser quebrados.

páscoa dos hebreus a festa da páscoa na bíblia

O cordeiro só podia ser comido acompanhado de pães asmos (um tipo de pão sem fermento), e de ervas amargas.

O fermento, proibido durante as festividades, era símbolo de corrupção, e as ervas amargas simbolizavam os anos de amargura que o povo passou no Egito.

Os judeus celebravam a páscoa para se recordarem do sua saída vitoriosa da escravidão no Egito.

Hoje comemoramos a páscoa para nos recordarmos do sacrifício de Cristo por nós na cruz. Jesus foi o cordeiro perfeito que não experimentou o pecado, mesmo tendo vivido entre os homens pecadores. Jesus deu o mais amplo e novo significado à páscoa dos hebreus.

Para nós a páscoa simboliza o sacrifício de Cristo e a salvação dos pecados além da certeza de uma vida eterna com ele nos céus.

Como você têm comemorado a páscoa? Como uma festa folclórica, vazia de significado espiritual? “E conhecereis s a verdade e a verdade vos libertará.” (Jo. 8:32)

Fonte: Mauro C. Graner

O Dia da Expiação & Sacrifício de Cristo: Qual a Relação?

O Dia da Expiação: É comum pensar no ritual do Antigo Testamento como fornecendo o modelo que o sacerdócio de Jesus posteriormente copiou e cumpriu. Mas Hebreus vê as coisas de forma diferente. O ritual do Antigo Testamento do sumo sacerdote movendo-se pelo tabernáculo – com seus vários quartos e móveis, especialmente o Santo dos Santos e a arca com o propiciatório – não é o modelo, mas a cópia ( Hb 8: 5 ).

Cristo abriu um caminho para o céu; essa é a realidade. Hebreus tem muito a dizer sobre isso. Jesus “passou pelo tabernáculo maior e mais perfeito que … não faz parte desta criação” ( Hebreus 9:11 , NVI). “Com o seu próprio sangue entrou uma vez por todas no lugar santíssimo” ( Hebreus 9:12 ). Na verdade, Jesus agora ministra no tabernáculo celestial ( Heb. 8: 2 ).

O Dia da Expiação e o Sacrificio de Cristo

O Dia da Expiação Revela o Sacrifício de Cristo

Observe o que domina a mente do autor: se a cópia (o tabernáculo do deserto) precisava de purificação, então as “próprias coisas celestiais [tinham de ser purificadas] com melhores sacrifícios” ( Hb 9:23 ). Mas o que é essa purificação das coisas celestiais?

Para que o povo fosse trazido simbólica e temporariamente à presença de Deus, cada parte do tabernáculo tinha que ser purificada ritualmente, visto que nada contaminado poderia ser empregado na abordagem do homem a um Deus santo ( Hb 9: 19-23 ). Portanto, no Dia da Expiação, Aarão matou um sacrifício, entrou no Santo dos Santos com o sangue e o derramou no propiciatório entre os querubins ( Levítico 16: 15–16 ).

Esse ritual era uma parábola encenada, uma cópia do que Cristo faria no grande dia em que Ele fizesse a expiação. O sangue de animais é impróprio e inadequado para fornecer a limpeza necessária para se aproximar de Deus. O sacrifício de animais não expia o pecado humano. Nem poderia qualquer indivíduo finito expiar o pecado contra o Deus infinito. Somente o sangue da imagem divina encarnada poderia limpar nosso pecado e nos capacitar a entrar com segurança na presença de Deus, que é um fogo consumidor ( Hb 1: 3; 12:29 ).

A obra de expiação ocorreu na presença do Deus do céu. Na verdade, envolveu uma transação dentro da comunhão das pessoas da Trindade eterna em seu amor por nós: o Filho estava disposto, com a ajuda do Espírito, a experimentar o esconder o rosto do Pai. O derramamento do sangue do Filho de Deus abriu o caminho para Deus para nós ( Atos 20:28 ). Esse é o horror e a glória do ministério de nosso Grande Sumo Sacerdote.

Esta é a teologia da natureza mais exaltada e deslumbrante. Isso supera nossa visão às vezes excessivamente pragmática do que é central para a espiritualidade real. No entanto, o que torna essa teologia tão inspiradora é o seguinte: Deus está aqui em sua forma mais pragmática; um fim glorioso justifica os meios mais terríveis. Sem esses meios, não pode haver remissão de pecados. Aqui, a teologia do tipo mais profundo é pragmatismo da mais alta ordem.

Como o princípio da Expiação se aplica a nós hoje?

Reserve um tempo para meditar longa e profundamente sobre esse aspecto do sacerdócio de Cristo e suas implicações. Hebreus se refere a pelo menos quatro conclusões a serem tiradas. Visto que você tem um Grande Sumo Sacerdote, que por Seu sangue abriu um novo e vivo caminho para o Lugar Santíssimo (10: 19-20):

  1. Aproxime-se de Deus com total segurança (10:22).
  2. Não recue de correr a corrida cristã (10:39).
  3. Fixe seus olhos em Jesus, já que Ele é um grande Salvador (12: 1-2).
  4. Esteja preparado para sair do acampamento, compartilhando a humilhação de Cristo (13: 13–14).
  5. Este é o caminho pelo qual Cristo o levará à presença de Deus.